19 julho 2009

Fogueira





Queima meu coração,
arde não de calor,
mas arde como festa de casamento,
e os noivos dançassem uma única valsa.

Queima como a viagem sutil
de duas pessoas na mesma cama,
conversando sobre tudo,
rindo da mesma lua.

Queima o inverno
de neve no Pólo norte,
da solidão
das pessoas dentro de um elevador.

Somos nos,
gravetos em uma ilha deserta,
corpos lançados ao vento,
fagulhas brilhando na noite,
momentâneas figuras,
que no segredo de um corpo,
partido ao meio,
libera
amor.

Um comentário:

Cynthia Tanajura disse...

Puxa, Gu, ainda não conhecia este seu lado poeta! Eu também escrevia algumas coisas, mas tinha a sensação de estar exposta e isso me assustava.
Parabéns pela coragem de falar de sentimentos.
Um beijo,
Cynthia

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