19 julho 2009

Fogueira





Queima meu coração,
arde não de calor,
mas arde como festa de casamento,
e os noivos dançassem uma única valsa.

Queima como a viagem sutil
de duas pessoas na mesma cama,
conversando sobre tudo,
rindo da mesma lua.

Queima o inverno
de neve no Pólo norte,
da solidão
das pessoas dentro de um elevador.

Somos nos,
gravetos em uma ilha deserta,
corpos lançados ao vento,
fagulhas brilhando na noite,
momentâneas figuras,
que no segredo de um corpo,
partido ao meio,
libera
amor.

10 julho 2009

Pegasus



Aqui e agora,
num mito de Pegasus,
nesse galope doido a voar,
vai minha imaginação,
nessa viagem em busca de ti,
a negar tudo que tinha planejado,
a mentir uma pessoa do ontem.

E voa, voa...

Qual a porta que passei, nem sei?

Quero estar ai,
beber seu suco,
de asas brancas,
de mel com limão.

Perder-me na água,
como a sereia na conquista do mar,
mergulhar em sua vida,
e dela fechar a porta
que acabei de passar.