25 agosto 2010

Simbiose

Meu bem
anda em uma trilha embaraçada,
cheia de fantasmas, traumas e mexilhões.

Aqui e ali ela vê alma penada,
e crê nas cores que são.
Uma delas joga no ataque,
outra, na retranca e confusão.

Isola-se diuturnamente,
e a madrugada é uma urutau.

Quem dera dispensasse
o passado,
o medo,
a tristeza,
e todo mau.

Quem dera?
Voltaria a sorrir,
com a broma da aeromoça da TAM,
e a lentidão do garçom preguiçoso.

Dormiria tranquila,
sem noite de exaustão.

Não pediria desculpa vã,
nem obrigados, obrigado e obrigado.

Aposentaria o riso forçoso,
as cores pálidas,
(do branco ao marfim),
os novelos e o tear.

Retornaria ao prumo
e a decisão.

...E eu teria enfim,
com quem brincar.