25 junho 2018

Alcova minha

Na casa ao lado, silêncio.
Na rua à frente, nenhuma viva alma,
nenhum som de passos, nada!
Na avenida, longínquos ruídos esparsos do atrito dos carros.
A madrugada segue tranquila,
menos aqui,
neste espaço de 12 m2,
onde o estiramento da coxa,
o suor na face,
o gemido abafado,
os dedos úmidos
e a cama desarrumada,

indicam um tempo de folgança.

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