02 setembro 2013

Comunicação


Cumprindo o praxe universal
de emissor,
receptor 
e meio,
o ritual criado por Eros,
teve inicio no jogo de palavras.
Poucas, sei!
Mas todas curiosas,
indiscretas,
bisbilhoteiras,
do tipo:
Quem? 
Quando? 
Como?
Próprias para despertar o interesse.
Próprias de uma língua oficial
de 280 milhões inquilinos.
Próprias, 
que começaram abrir
o ferrolho
selado,
outrora,
sabe lá por quem? 
Quando? 
Onde?

Na sucessão das horas
(confesso: foram poucas!),
a transmissão racional foi distanciada.
Quem? 
Quando? 
Como?
Ficaram no passado.
Quem? 
Quando? 
Como?
Já tinham as respostas,
que aqui são improprias
apresentar.

Sonoras compreensíveis
de outrora,
passaram a simples percepção.
Gemidos,
murmúrios,
suspiros,
arfados,
hálito.
Sensações
(odor e umidade)
percebidas pelo dedo indicador 
e não mais pelo ouvido médio.

Palavras?!
Para que?
Quem?
Como?
Quando?
São distantes do que Eros
criou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário