01 junho 2009

Tempo



Parei no tempo.
Consegui,
finalmente consegui!

Foi nesta hora que vi:
as estrelas brilharem mais;
a areia reluzir esse brilho;
o homem pensar na paz;
a mulher querer amor.

Não havia som,
só havia o tom
de bater o coração.

Um resto de ti



Lábios soltos no ar
só para te dizer,
que no deserto
não existe um oásis,
uma pequena flor.
Só um resto de um rio vago,
com margens sem amor,
sem nada...

Olhares tortos,
vesgos,
sem brilho,
incutem uma inocência vil,
de uma imperatriz
de um reino superior...

Não acredito!

Algo que me põe sem segurança,
que me deixa triste:
lábios soltos,
olhos perdidos...

De repente, eis que essa luz brilha.
Algo como uma explosão de um vulcão
(explosão de felicidade).
Algo que me move por dentro.
Deixa-me alegre.
Enche-me de esperança.
Não precisa nem de lábios,
nem de olhares
(jogue-os fora!)...
Seu sorriso me fez isso.